Realidade do Brasil, feito por Discuta Tudo

sábado, 24 de abril de 2010

Favelas do RJ.. um mal necessário?

Não, elas não são necessárias, como muitos devem pensar. Uma mudança de tal realidade é possível se houver planejamento e iniciativa provenientes do Governo. Para entender melhor, vamos ver como as favelas se formaram, cresceram e afetam ao nosso cotidiano.
As favelas, eufemicamente denominadas comunidades, como um todo, são problemas históricos, que começaram a se desenvolver a partir da implantação da mão-de-obra escrava no Brasil. Os escravos, a partir do momento no qual conseguiam se libertar dos engenhos, e iam para onde? Afinal, eles eram provenientes da África (continente o qual encontra-se apenas a um oceano de distância daqui) e, apesar de terem obtido sua liberdade (fugindo ou por meio de carta de alforria) não tinham condições financeiras para se manterem numa vida independente justa. A solução: primeiramente a criação dos quilombos, e posteriormente, das favelas.
Daí surge o problema. Começa a haver um contingente gradativo de população pobre para essas áreas alternativas, as quais são caracterizadas pelas casas de construção precária, falta de saneamento básico, baixa segurança, e concentração de população de baixo nível econômico e social. Uma zona realmente atrativa para tal “público”. Mas nem sempre favela foi sinônimo de violência, de tráfico, de bandidos, nem sempre a favela determinou a vida da sociedade como se caracteriza atualmente.
Tal problema teve real início na década de 80, quando Leonel Brizola, governador do estado do Rio de Janeiro na época, proibiu a polícia de subir o morro, para impor a ordem. Vendo esse cenário ainda mais atrativo, os bandidos foram para onde? Para as favelas, que, sem a polícia, seriam locais de fácil domínio ideológico e social. A partir desse ponto, o controle das favelas pela polícia se tornou cada vez mais difícil, até chegar nos dias de hoje, onde o tráfico manda no morro, guerreia com outros tráficos e interfere diretamente na vida da sociedade (mesmo a fora da favela). Os políticos defendem a estadia da população pobre na favela para manter a condição de pobreza e inconsciência da população ali residente e para conseguir votos quase que por escambo*, criando os chamados "currais eleitorais".
Atualmente, o governo não tem mais controle sobre as favelas, e essas, pelo que parece, não estão submetidas à Constituição brasileira, à Lei Tributária nacional (não há impostos cobrados “em cima” da produção da favela, sobre a ocupação territorial, etc.), e algumas também a contratos particulares ou públicos (como luz, TV fechada, banda larga, água e etc., os quais são desviados de pontos particulares), dentre outros.
Tal realidade apenas é um fator degradante para o cenário brasileiro, tanto econômico, quanto social, pois ela piora a imagem brasileira como um todo internacionalmente, diminui os impostos arrecadados pelo governo, que, apesar de serem mal aplicados, têm boas bases.
A solução mais efetiva, na minha opinião, é a desocupação das favelas e encaminhamento da população para zonas preparadas para receber os milhões de habitantes provenientes das favelas.
“Centros periféricos” projetados e construídos pelo governo seriam o ideal para o alojamento de tal população. Agora, fazer igualmente o Governo vêm fazendo, que é dar muitas coisas de "mão beijada" para o povo (através do Bolsa família, e afins), não é possível. Minha ideia é impor condições para tais incentivos, e também para autorização de moradia em tais “centros periféricos” – o indivíduo deve estar trabalhando (ou ser aposentado).
A partir da transição dos moradores de favelas para tais “centros periféricos” a vigilância iria se tornar mais fácil, uma vez que o policiamento estaria presente antes da instauração dos moradores, e o tráfico que controla o morro iria perder forças, assim também tornando a ação policial mais fácil.
A solução, definitivamente não é construir muros ao redor das favelas, para evitar o crescimento das mesmas. Uma que é mais correta é a criação de UPPs, para o governo retomar o controle das mesmas, e, o que é uma alternativa prática, ainda que não possa ser permanente, é tornar as favelas parte da sociedade, impondo às regiões a Constituição brasileira e minimizando ao máximo a violência até a construção de tais "centros periféricos" estar finalizada e a mudança da população ser feita.
Agora, essa é minha opinião, que a favela só serve para piorar a situação de seus moradores, degradar a imagem brasileira e cria zonas que funcionam como currais políticos, por isso não as considero um mal necessário.
Formulem as suas ideias, discutam com seus amigos, reflitam e mandem e-mails ou comentem aqui.

*escambo – troca feita entre índios e colonizadores, no final do século XV e século XVI, onde os índios, em troca de espelhos, apitos, pentes e etc. forneciam pau-brasil aos portugueses.

Até mais.

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